Nível de Dificuldade: 4-8
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Construindo a história
Este pequeno trabalho é dedicado às classes de ballet dadas a crianças com uma idade compreendida entre os quatro e os seis anos de idade. A ideia nasceu da observação da classe que a minha filha frequentava, com os seus pequenos colegas e a sua professora dedicada. A história? É versátil. É um guia simples, elementar, que obedece a alguns comportamentos de Maria Helena. A história pode ser substituída por outro argumento que encaixe no carácter da introdução à dança propriamente dita e com as danças em si. O texto, escrito por um anjo, pode ser lido durante a representação ou não. As ideias coreográficas são da responsabilidade das professoras da classe de ballet.
Penso que seria útil às crianças saber cantar as melodias originais, retiradas da tradição musical oral portuguesa. Um tesouro que pode ser guardado durante toda a vida.
Natal Alentejano
Depois de ter escrito os ciclos Aquarium, Repensando com folclore I e II, Missas, os Modelos para Estudantes de Harmonia Estilística, as Colecções de Canções Infantis para dois fagotes, dois clarinetes, duas trompas e duas flautas e as Canções de Natal para Maria Helena, venho completar a ideia destas últimas pequenas peças com outras melodias do mesmo género e dar um cariz didático à série.
As melodias originais foram retiradas de três trabalhos de investigação: o do Padre Cartageno, o de Giacometti e Lopes-Graça, e o de Manuel Dias Nunes. Duas das melodias – de Elvas e Évora – surgiram espontaneamente da minha memória.
A ordem das peças corresponde aproximadamente a um nível crescente de dificuldade, seja técnica, como de compreensão musical. A textura é maioritariamente polifónica, a duas vozes. Tentei utilizar quase toda a extensão do piano, evitando, assim, o lugar comum de muitas obras dedicadas a crianças ou iniciantes, que só recorre à região central do teclado. A linguagem musical empregue não pretende ser, como noutros trabalhos semelhantes, uma amostra de recursos contemporâneos mas sim uma amostra de sentido comum, que recorre a ferramentas tiradas do armário onde guardo os ensinamentos dos Maestros do passado e alguma invenção pessoal (não muita). Algumas peças incluem quase todas as indicações necessários para a sua execução: tempo, ligaduras de expressão, dinâmicas, articulações, dedilhações e sugestões de pedal. Outras pecam por defeito, deixando ao aluno ou professor a decisão de tomar algumas iniciativas.
Sugiro vivamente que o jovem intérprete conheça e cante a viva voz as melodias tradicionais originais.
O par mais lindo
As brincadeiras das crianças são inspiradoras. A sua fantasia ultrapassa as especulações dos adultos. As crianças são todas amigas até ao momento em que os adultos começam a intervir.
Uma canção alentejana. Duas personagens, uma menina e um menino. Materiais musicais que provêm de uma simples metamorfose. Uma influência saudável, Deus me salve da originalidade.
Roberto A. Pérez
Coleção “Obra Didática de Roberto Alejandro Pérez” | Volume III
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