Sinfonietta

Nível de Dificuldade: 8
Nº de Páginas: 32 (geral)

Durante o período de confinamento que começou em Março de 2020, escrevi, escrevi muito: textos teóricos, música para piano e orquestra e esta Sinfonietta, revista a 16 de Abril.
Há alguns elementos com os quais me identifico particularmente e que me foram queridos nos anos de 1981 e 82, quando estudava composição com o maestro Roberto Caamaño. Alguns desses elementos são puramente estruturais, como o procedimento que vemos em Beethoven para proliferar uma célula, um motivo musical. Outros são mais harmónicos, como alguns vistos nos primeiros trabalhos de Bartók. Bach, com as notas do seu nome, veio depois ao meu repertório de ideias, em em 1985, ano do tricentenário do seu nascimento, quando Christopher Bochmann, em Brasília, lançou um desafio de composição (estruturação). A Bartók devo também a ideia de contraponto no segundo andamento. Creio que Fibonacci esteve sempre presente, assim como a ideia da Proporção de Ouro, que aqui é quase uma obsessão.
O ritmo do terceiro andamento surgiu da escuta das minhas raízes americanas ou espanholas. A intensidade, da qual não abdico, é um retrato de um estado emocional ou psicológico pelo qual muitos de nós estamos a passar durante este período de pandemia.
Sobre a instrumentação, posso dizer que é uma continuação do Concertino para piano e orquestra de câmara que escrevi antes deste exercício musical.
No primeiro andamento há dois momentos, com a duração de um compasso, onde entre os primeiros e segundos violinos ocorre “a quinta perfeita” entre cordas soltas – mi e lá -, a quinta da Morte, de Alban Berg.
A obsessão espreita o tempo todo.

Roberto A. Pérez

ORQUESTRAÇÃO
Flauta
Fagote

Trompa em Fá
Trompete em Sib

Percussão1: Triângulo, Pandeireta, Caixa clara
Vibrafone
Percussão 2: Carrilhão, Tímpanos

Cordas

Coleção “Obra Didática de Roberto Alejandro Pérez” | Volume XIX