PROJETO
O projeto “5 graus 5 peças” insere-se na linha editorial iniciada pela Arpejo Editora que dá especial relevância à publicação de repertório didático português direcionado especificamente para os alunos das Escolas do Ensino Especializado da Música. O primeiro projeto dessa linha editorial denominado “36 semanas 36 estudos”, efetivou-se na publicação, em 2020, de 36 estudos compostos e adaptados para todos os instrumentos melódicos lecionados na área do Ensino Especializado da Música. Procurando dar continuidade a este tipo de publicações, a Arpejo Editora apresenta 5 novas peças (uma por cada grau de ensino – do 1º ao 5º) para cada um dos seguintes instrumentos: clarinete, contrabaixo, eufónio, fagote, flauta, guitarra, oboé, percussão, piano, saxofone, trompa, trompete, trombone, viola de arco, violino, violoncelo e voz. Os 9 compositores portugueses presentes neste projeto foram convidados a trabalhar as 5 peças de um determinado instrumento tendo em conta a especificidade de cada instrumento e a progressão técnica ao longo da aprendizagem dos mesmos. O fruto deste trabalho composicional deu origem a um total de 90 peças ou adaptações inéditas para os instrumentos apresentados nesta coleção.
COMPOSITORES
Nascida em Coimbra, Ana Seara é uma das mais proeminentes compositoras portuguesas da atualidade. Vencedora do 1.º e 2.º Prémio no Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim, nomeada para o 1.º Prémio para Jovens Compositores do Festival Verbier 2013, foi também ‘Jovem compositora residente’ da Casa da Música 2014. Das duas últimas temporadas destacam-se as estreias da “Sinfonia (Des)Concertante”, por ocasião do 25º aniversário da Orquestra Sinfónica Portuguesa, da Ópera “Até Que A Morte Nos Separe”, no OperaFest Lisboa, a orquestração de 3 Canções Heróicas de Fernando Lopes-Graça, por encomenda da Festa do Avante, e as Residências Artísticas nos Estúdios Victor Córdon e na Fundação Gulbenkian. Tem obras estreadas pela Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Casa da Música, Remix Ensemble, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Teatro Nacional de S. Carlos, Queen Elisabeth Music Chapel, Fundación Albéniz, Grand Théâtre de la Ville de Luxembourg, Theaterakademie August Everding, Festival d’Aix-en-Provence, entre outros. Desenvolve variados projetos paralelos, nomeadamente com jovens músicos, tanto ao nível pedagógico como na criação de música para crianças e jovens instrumentistas e coralistas.
Doutorada pela Universidade de Birmingham (Reino Unido) e Mestre em Ensino da Música pela Universidade de Aveiro, Ângela da Ponte vive atualmente no Porto desenvolvendo as atividades de compositora e docente no Conservatório Regional de Música de Vila Real e na Academia de Artes de Chaves. Em 2011 foi Jovem Compositora Residente na Casa da Música e a sua música é tocada em Portugal por agrupamentos como Remix Ensemble, Sond’Ar-te Electric Ensemble, Perfoma Ensemble, Orquestra Jovens Músicos, grupos integrantes do Harmos Festival, entre outros. No Reino Unido com o BEAST (Birmingham ElectroAcoustic Studio Theatre), França com a Orchestre National d’île de France, México (Festival Visiones Sonoras 2016), Polónia (Audiokineza), Colômbia, Espanha, E.U.A (Oregon Symphony), Vertixe Sonora (Espanha) e mais recentemente pelo Ensemble New Babylon (Alemanha).
Nascida em 2001, Eduarda Ferreira conclui o Curso Básico do Ensino Articulado na classe de trompete e o 8º grau no Curso de Formação Musical, na Academia de Música José Atalaya. Atualmente, frequenta a Licenciatura em Direção Coral e Formação Musical, na Escola Superior de Música de Lisboa. Em 2017, ganhou uma Menção Honrosa no 4º Concurso de Composição de Canções para Crianças, com a obra “O relógio de sala” a qual foi publicada na Separata online da APEM e gravada para o site Cantar Mais – Mundos com voz. Em 2019, ganhou o 1º prémio no Concurso Prémio de Composição Século XXI, com a obra Imagens, a qual está́ editada na Scherzo Editions. Participou no 6º Estágio da Orquestra Sinfónica Ensemble, publicou na Arpejo Editora “Encanto” e “Popular a Cappella” e, em colaboração com a APEM, criou o projeto “Criar que som tem?”. Em 2021, integrou a lista de compositores do projeto 36 semanas 36 estudos da Arpejo Editora. Participou em diversos Encontros Nacionais da APEM e em Ações de Formação com Sarolta Plátthy e László Némes. Também assistiu a palestras organizadas pelo Instituto Superior de Estudos Psicológicos, Barcelona, e pelo Centro Neuro Sensorial, Braga. Desde de 2019, colabora com a APEM e com o site Cantar Mais – Mundos com voz, tendo gravado canções e atividades para o mesmo.
Gerson de Sousa Batista (1988), é um compositor, multi-instrumentista e poeta português nascido em Aveiro. Começou o seu percurso académico em Engenharia Civil, mas em 2007 entregou-se por completo à criação artística, tendo também ingressado no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Aveiro, onde estudou órgão, técnicas vocais e teoria. Desde então, compôs para para uma vasta variedade de instrumentações e tem sido amplamente tocado por todo o mundo, estando atualmente centrado na criação e encenação de teatros musicais e na criação de música de câmara. Alguns dos seus prémios mais recentes são: 1ºPrémio ICC for Bercandeon 2021; 1º Prémio Concurso Nacional de Composição Manuel Emílio Porto 2021(vozes mistas); 1º Prémio Cornwall International Male Choral ICC 2020; 1º Prémio 18th Gheorghe Dima ICC 2020; 1º Prémio no Singapore ICC 2020; 1º Prémio Unternehmen Gegenwart Regensburg 2019; 1º Prémio CC Coro Sant’Yago 2019; 1º Prémio ICC Walter Hussey Reading Phoenix 2019; 1º Prémio Aveiro Jovem Criador 2018; 1º Prémio Concurso Nacional de Composição para Acordeão INATEL – FOLEFEST 2018; 1º Prémio no Concurso Nacional de Composição Peças Frescas 2018; 1º Prémio no Concurso Nacional de Composição para Orquestra de Sopros do Conservatório do Vale do Sousa 2017, entre outros.
Gonçalo Lourenço nasceu em Lisboa em 1979. Bacharel em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa, em 2005, onde trabalhou com o Professor Christopher Bochmann. Mestre em Direção Coral pelo College Conservatory of Music, em Cincinnattinos EUA, em 2011, onde trabalhou com os Professores Brad Scott, Elmer Thomas e Earl Rivers. Na Universidade de Cincinnati, trabalhou, enquanto ”Minor de Direcção de Orquestra”, com o Maestro Mark Gibson. Doutorado em Direção Coral na Universidade de Indiana, em 2016, onde trabalhou com os professores Robert Porco, Carmen Téllez, Willliam Gray e Sven-David Sandstrom. Actualmente, é Professor de Coro na ESART, onde trabalha com o Coro Geral da ESART e com o Coro Autêntico, onde gravou quatro cds, um com músicas de compositores da biblioteca de Vila Viçosa do sec. XVI/XVII, o Requiem de Bomtempo com João Paulo Janeiro e o Flores Mvsica, peças para Quarteto de Guitarras e Coro e finalmente os Carols Completos de Christopher Bochmann. É o Diretor Artístico do Veledas Festival e fundador do Coro de Câmara Cetóbriga.
Nuno Peixoto de Pinho é compositor, professor e investigador musical. É licenciado em Composição pela Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo [ESMAE-IPP] (2007). Em 2016, doutorou-se em Ciências e Tecnologia das Artes pela Escola das Artes da Universidade Católica do Porto [UCP], summa cum laude, onde trabalhou sob a orientação de Erik Oña e Sofia Lourenço (2016). Como compositor, integra o Centro de Investigação e Informação da Música Portuguesa [MIC.PT] e a sua atividade abraça múltiplos géneros e formatos, que revelam uma especial dedicação aos processos de transformação aplicada à música pré-existente, a partir da qual procura alcançar um novo “eu” ou como o próprio compositor denomina de “reciclagem musical”. Atualmente leciona Análise e Técnicas de Composição e Teoria e Análise Musical na Academia e Escola Profissional de Música de Espinho [EPME-IPP] e Academia de Música José Atalaya [AMJA]. É Professor Adjunto Convidado na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto [ESE-IPP]. É regularmente convidado a lecionar na classe de Composição da ESMAE, no Mestrado em Ensino de Música da Escola das Artes da UCP e na Academia de Direção de Orquestra da Costa Atlântica.
Paulo Bastos nasceu em Vila Pouca de Aguiar. Iniciou os seus estudos musicais na Escola de Música do Porto, sob orientação da Professora Hélia Soveral. Concluiu a Licenciatura em Composição na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, onde foi distinguido com o “Prémio para o Melhor Aluno do Curso” do Instituto Politécnico do Porto em 1994. Em 2005 concluiu o Mestrado em Análise Musical na Universidade de Aveiro. Trabalhou com compositores e agrupamentos, como os Percussionistas de Estrasburgo, Sharon Kanach, Virgílio Melo, Dieter Schnebel, Álvaro Salazar, Gerhard Stäbler, Jorge Peixinho, Nicolaus A. Huber, entre outros. Grande parte da sua produção centra-se na música de câmara e na música infanto-juvenil, apesar do número significativo de obras orquestrais, para instrumento solo e electrónica. Algumas estreias, gravações, assim como dedicatórias e encomendas da sua música, têm sido destinadas a agrupamentos e músicos de reputada qualidade. É professor desde 1996 no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, onde ensina Introdução e Técnicas de Composição, ATC, Composição e Música Electrónica. Desde o ano de 2000 lecciona o primeiro Curso Oficial de Composição do país, para o qual elaborou os programas aprovados pelo Ministério da Educação.
Ricardo Matosinhos nasceu em 1982, foi aluno da classe de Trompa de Ivan Kučera, na ESPROARTE (1994-2000) e Bohdan Šebestik na ESMAE, onde concluiu a licenciatura em 2004. A curiosidade levou-o a explorar os caminhos da trompa no jazz, cuja influência se veio a refletir mais tarde no seu estilo de composição. Concluiu, em 2012, o mestrado em Ensino da Música, na Universidade Católica e o doutoramento em 2021 na Universidade de Évora. Participou em diversos cursos de aperfeiçoamento em Portugal e no Estrangeiro. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1998 e 2004. Em 2007 foi-lhe atribuído o 2º prémio do PJM (Trompa Nível Superior). Colaborou com a Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra do Norte, Orquestra de Jazz de Matosinhos, Remix Ensemble, ONP entre outras. Ministrou diversos Workshops e Cursos de Aperfeiçoamento em Portugal, República Checa, Estónia, Letónia e Estados Unidos. No âmbito da composição é autor de diversos materiais pedagógicos para o ensino da trompa, bem como, de composições para diversas formações instrumentais. Viu algumas das suas obras reconhecidas em vários concursos nacionais e internacionais. Atualmente leciona na Academia de Costa Cabral (Porto). É membro da International Horn Society, da Sociedade Portuguesa de Autores e da GDA.
Sofia Sousa Rocha, natural de Braga, iniciou os seus estudos musicais no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian. Diplomou-se em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), onde estudou com vários compositores de destaque da música contemporânea portuguesa. Em 2012, concluiu o Mestrado em Música na ESML, sob orientação de António Pinho Vargas. As suas obras têm sido apresentadas por diversos intérpretes e agrupamentos de referência tais como Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra do Algarve, Orquestra Clássica do Sul, Sinfonietta de Lisboa, Coro Ricercare, Sond’Ar-te Electric Ensemble, entre outros. Na temporada 2017-2018 foi Jovem Compositora Associada do Teatro Nacional de São Carlos, com orientação de Luís Tinoco. É cocriadora do Festival Informal de Ópera que teve a sua primeira edição em setembro de 2021, onde apresentou em estreia uma ópera de câmara. Outros projetos recentes incluem a composição de uma ópera para o Quarteto Contratempus, a estrear em novembro de 2022. É docente no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga desde 2013.
FICHA TÉCNICA
João Vidinha Duarte | Produção, Execução, Edição
Mariana Rosa | Co-Produção, Design